Paroles de Musiques/ Musicas


Vira solto

Coração perto da boca
Faz o peito que regala
Em certas ocasiões
Arrebenta se não fala.
Minha mãe o que é aquilo
Que està  encima da  lenha.
é a gata do vizinho
 A espera que o gato venha.
Quem tem muito neste mundo
Deve repartir metade
É assim como manda a lei
É obra de caridade
Não hà nada que mais custa
Que amar uma mulher
Tem sempre o seu nariz torto
 Ninguem sabe o que ela quer
O Maria põe-te em àla
Arreigasse-me a camisa
é obra de caridade
Dar a mão a quem precisa

Carvoeiro

Homens
Carvoeiro carvoeiro
Quem te mandou aqui vir  (bis)
Se eu agora te matasse
Quem te havia de acudir (bis)
A moda do carvoeiro
Quem havia de inventar (bis)
Foram os presos da cadeia
Estão a sômbra tem vagar (bis)
Mulheres
Carvoeiro carvoeiro
Tens que ser o meu amor (bis)
Eu ei-de casar contigo
Seja ele quando for (bis)

Carvoeiro carvoeiro
Ai  que dança tão bonita (bis)
Todas as modas se acabam
Sò o carvoeiro fica (bis)


Vareirinha

Logo que aqui cheguei
Vim para a tua beira
Para ouvrir a tua voz
Ò ditosa cantadeira
Estàs aqui pra me ajudar
Vai havêr pois desgarrada
Vou-te pedir por favor
Se queres ser minha criada

Escuta la cantador
Estou mesmo a chegar
Aqui tens a cantadeira
Pra te ajudar a cantar
Se asseta-se o teu pedido
Era um milagre do céu
Ir agora pra criada
Se patroa jà sou eu



Trespassada

Não olhes p’ra mim, não olhes
Que eu não sou o teu amor
Eu não sou como a figueira
Que da fruto sem flor
O meu amor de tão longe
Chega-te cá para perto
Que me doí meu coração
De te ver nesse deserto
Meu amor anda me ver
Que eu não te vou procurar
A agua procura o rio
O rio procura o mar
Quando deixar esta terra
Deixo um lenço pra lavar
Nunca chorei por amor
Mas agora vou chorar



Malhão roubado

Minha mãe quando me teve
Pensava que estava rica
Depois queria me matar
Com remédiosda botica
Quando eu saio da casa
O meu pai me recomenda
Não te mêtas com mulheres
Que elas são fraca fazenda
Quando era pequenino
A minha mãe me embalava
E as moças davam-me beijos
Agora não me dão nada
Sou criado de servir
A semana vou a erva
Aos domingos vou as moças
Que as tenho de reserva
Devagar se vai ao longe
Eu cá vou devagarinho
Vou ver se eu não me perco
Nos atalhos do caminho.
Semear e não colher
é o que atrasa o lavrador
eu também ando atrasado
Mas falas com o meu amor.
Esta é p’ra terminar
Fica a nossa simpatia
Um abraço para todos
Adeus até outro dia


Regadinho

Agua leva o regadinho
Pela minha porta dentro
Escorreguei e cai
No dia do meu casamento
Agua leva o regadinho
Rega sempre sem parar
Enquanto regae não rega
Ao meu amor vou falar
Agua leva o regadinho
Agua leva o regador
Enquanto regae não rega
Vou falar ao meu amor
Agua leva o regadinho
Rega a quinta do meu pai
Enquanto regae não rega
Rapaziada cà vai
O agua do regadinho
Vai regar o meu jardim
Enquanto regae não rega
Amor vira-te p’ra mim
Agua leva o regadinho
Vai regar o milho ao pé
Enquanto regae não rega
Vira-te p’ra mim José
Coro
Vamos dar a meia volta
Meia volta vamos dar
Vamos dar outra a meio
Passa a frente e troca o par (bis)

A Tirana

Eu já vi estar a Tirana
Na praça a vender morangos (bis)
O contrapeso que davas o Tirana
Ao coração de nos ambos
O Ana Tirana, chiquita morena
Tu és tão bonita, mas és tão pequena
O Ana Tirana, chiquita meu bem
Quem paga não deve favores a ninguém
Eu já vi estar a Tirana
Na praça a vender touçinho (bis)
Deitava de contrapeso, o Tirana
As asas de um passarinho
*Refrão*
Eu já vi estar a Tirana
Na praça a vender melões
O contrapeso que davas o Tirana
Ao coração de nos dois.
*Refrão*


Vira de saída

Eu tenho cinco coletes
Todos eles bem talhados
Eu tenho cinco amores
Quatro andam enganados
Eu tenho quatro amores
Dois de manha dois de tarde
A todos digo que sim
Só a um fàlo verdade
Quem quiser quem cante bem
Dai-me uma pinga de vinho
O vinho é coisa boa
Faz o cantar mais fininho
Quem quiser quem cante bem
Dê-me vinho ou dinheiro
Questa minha gagantinha
Não é fole de ferreiro

Velho

Ei-de-me casa com o velho
Ei-de-me fartar de rir
Eu vou pôr a cama alta
Para o velho não subir
O meu velho diz que morre
Eu digo que Deus o quera
O meu velho vai morrer
Outro já a minha beira
Olha o velho olha o velho
Olha o velho digo digo
Ou tu as-de morrer velho
Ou tu ei-de enterrar vivo
O velhote adormeceu
Atrás do murão ao sol
Acordou ficou-se a rir
Ao cantar do rouxinol
Eu fui dar com o velho morto
Entre as pedra do lagar
Atirei-lhe com Figueiró
Pus o velho a dançar

Pasmado

Pasmado lindo pasmado
Que fazes a minha beira
Não fazes nada de jeito
Sósabes fazer poeira
Pasmado lindo pasmado
Cuidado não endoidessas
Tantos movimentos fazes
Que vais perder a cabeça
Pasmado lindo pasmado
Pasmado meu pasmadão
Eu ei-de ficar de pé
Tu as-de cair ao chão

Chula

O chula vareira chula
O chula vareira o lé
Quem quiser dançar a chula
Tem que saber dàr ao pé
O chula ja foste linda
Agora já não o és
O chula que viraste
Com a cabeça p’ros pés

O chula vareira chula
O chula linda vareira
Por causa de ti o chula
Eu perdi a noite inteira

Cana Verde Guimarães
A cana verde me disse
Se eu com ela queria ir
Vai-te embora o cana verde
Que eu vou e volto a vir
A cana verde do mar
Dançada parece bem
Pra dançar a cana verde
Os filhos que o meu pai tem
A cana verde no mar
Navega por onde quer
É como o Rapaz solteiro
Enquanto não tem mulher
Eu pintei a cana verde
Eu pintei a como eu quis
Eu pintei a cana verde
Na ponta do teu nariz
Eu pintei a cana verde
Eu pintei a verde cana
Eu pintei a cana verde
No travesseiro da tua cama
Se tu visses o que eu vi
No buraco da parêde
A cobra a dançar a chula
O sardão a cana verde
O minha caninha verde
Cana verde
o-i-o-ai
Sou filho de uma viúva
Bem nova fiquei sem pai
A cana verde me disse
Se eu queria ir com ela
Vai-te embora cana verde
Que eu não deixo a minha terra
Malhão de Roda
Boa tarde meus senhores
Aqui estamos a chegar
O rancho Flores Do Minho
A todos vem saudar
Nunca cantei o malhão
Sem licença do meu pai
A primeira vai a mêdo
A segunda a mêdo vai
Se queres saber onde moro
Aqui ai minha morada
Minha terra é Guimarães
Moro mesmo na entrada
Boa tarde cantadeira
Deus te cubra de benção
Saùdo Todo o Grupo
E quantos na roda estão
Cidade de Guimarães
Terra de grande valor
Onde néla foi criado
O grande conquistador
O céu é para as estrelas
 O jardim para as flores
O saudar é cortesia
Boa tarde meus senhores
Vai-se despedir o grupo
Desde-se o cantador
Ficai na graça de Deus
Também na paz do senhor
Anda dai cantador
Anda cá p’ra minha beira
Para cantar o malhão
Aqui tens a cantadeira
São João traçado

O meu rico São João
A vossa capela cheira
Cheira a cravos cheira rosas
A flor da laranjeira
O meu rico São João
O meu santo marinheiro
Levai-me na vossa barca
La p’ro Rio de Janeiro

O São João este ano
Vem na forma do costume
Traz os joelhos queimados
De assar batatas ao lume
Fui ao São João a Braga
De Braga vim por bom fim
Estava tudo embandeirado
Com bandeiras de cetim
Que quereis ao São João
Que por ele perguntais
Procurai-o na Falperra
Entre aqueles pinheirais
Vira das romarias
Eu te dou meu coração
As chaves para o abrir
Não tenho mais que te dar
Nem tu mais que me pedir
Coitadinho de quem ama
Um amor que já foi meu
Agora come a rama
O fruto comi eu

Dizes que não tenho nada
Que durmo no chão varrido
Tenho cama tenho roupa
Tenho quem durma comigo
Quidavas em me ver rir
Que já me tinhas na mão
Eu não sou tão sabaceira
Que côma a fruta do chão